Educação do Leonardo

O Leonardo como criança


Passeios matinais de bicicleta

Cada vez acredito mais que um educador deve seguir o seu coração - unicamente se o seu coração for sensível, cheio de amor para dar, claro.

A sociedade é cada vez mais rígida no aspeto em que há uma idade para as crianças fazerem o que "deverão" fazer. Bom a sociedade é pressionadora! A sociedade está marcada pela ansiedade. E, hoje em dia, é uma virtude não se adequar a uma sociedade doente.

Para mim, o crescer do Leonardo sempre foi uma questão de deixar o tempo passar. Cada criança é uma criança. E eu nunca quis que o Leonardo fosse comparado com alguém ou fosse igual a alguém. A máxima que eu meti na minha cabeça foi: Aos 18 anos saberá comer sozinho, vestir-se sozinho, ir à casa de banho sozinho, dormir sozinho, etc...etc... Como é óbvio saberá fazê-lo muito antes, então para quê me preocupar?

O Leonardo desenvolveu-se quando ele achou que era altura e não quando eu achei. Foi tudo de forma tão natural que eu ADOREI. As palavras chaves são educar para a autonomia e empatia. (Para a empatia, precisa de bons modelos, mas isso é outro assunto) (para a autonomia, porque sou egoísta, no sentido que penso em mim, ele deve procurar desenrascar-se)

Para o desfralde ouvi muitas opiniões, respeito-as. Mas mais uma vez, seria eu a decidir. Ou melhor, o Leonardo (Não queria mais a fralda) O que me coube a mim foi analisar a sua maturidade e se eu própria estava saudável para este passo que me diziam "envolve muito tempo e paciência e muita coisa para limpar..." Estive afastada dele quase dois meses, o Leonardo passou por muitas mudanças, depois foram as férias e eu estava exausta da minha própria mudança. Quando finalmente eu achei que estava preparada para passar vá ?duas semanas? neste processo, foi quando sugeri ao Leonardo vamos vestir cuecas. Nem eu quis acreditar que em dois dias já tinha deixado a fralda de dia e de noite!!!! Realmente, preocupamo-nos tanto, em vão. Mais uma vez confirmei: devemos seguir o nosso caminho e não o de outros. Pouco me importa se foi com um ano ou se foi com dois anos de idade que deixou a fralda. Não nos devemos comparar com os outros. A vida não é uma competição. É para ser vivida com tranquilidade e não com ansiedade e igual aos outros todos. Sim, eu possuo a virtude de que falei há pouco.

Nesta fase, o Leonardo gosta de brincadeiras com bonecos, peluches, etc. Eu aproveito no meio destas brincadeiras para fazer interferências pedagógicas, pois estas agora são muito importantes para construir o seu conhecimento e desenvolver a linguagem.

Aproveito para escrever que nada disto é fácil, estamos sempre a aprender.
Ser mãe requer muita flexibilidade mental e paciência.

Devido ao meu passado, eu tenho urgência em ser a melhor mãe que eu posso. Tal como os meus pais fizeram o melhor que eles sabiam na altura. E sinto compaixão por eles. Mesmo se sei que muitas coisas não estavam certas, mesmo se sei que não há desculpas, mesmo se sei que não merecia certas dores. Porque ninguém as merece.

Procuro estar atualizada. Procuro evitar que o meu filho sinta a dor emocional, porque esta é bem pior que a física. Quando ele faz coisas que me podem irritar, enquanto o pai tem vontade de lhe bater eu tenho de usar o cérebro e descobrir porque o Leonardo está a fazer tal coisa. Eu tenho que parar o que estou a fazer e passar alguns minutos a acalmá-lo. Por isso o meu desgaste cerebral que falarei na próxima postagem. Mas esta dor emocional acontece quando o pai  lhe diz, por exemplo, "és mau", "és um maricas" etc. Eu tento explicar ao pai que não deve usar o verbo ser nem palavras como sempre, nunca porque isto, sim, fica marcado no cérebro. Isto transforma o que uma criança não é no que pode vir a ser pela força da afirmação. Isto eu senti-o em criança, sei do que falo. É um comportamento tóxico e devastador para o senso da autoavaliação da criança. O pai é autoritário, a mãe é assertiva. Não é fácil. O pai exige conformidade a um conjunto rígido de regras e normas colocando o Leonardo num papel em que tenta constantemente agradar ou apaziguar um tirano. A mãe conhece melhor o filho, reconhece as suas qualidades especiais, que é uma criança única. Bom que é uma criança e isto basta.











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