quando a criança é indisciplinada

A indisciplina na criança de 3 anos


Criança feliz


A educação mudou bastante nestes últimos anos. Hoje sabemos que bater numa criança não tem influência quando ela está a desobecer, por exemplo. Se passamos a usar unicamente essa forma de punição, isso não serve mesmo a nada. É preciso saber/compreender muito bem aquilo que a criança está a tentar comunicar ou solicitar com os seus comportamentos e atitudes.

O que venho apercebendo-me é que com toda a informação que hoje está disponível, ainda exista quem não sabe o que é ser criança. Faz muita confusão, porque os adultos de quem falo também já foram crianças (como é óbvio, mas esqueceram). É importante deixar as crianças serem crianças, pois não terão outra altura para o serem. Para brincar em plenitude!
As crianças felizes são crianças rebeldes, são indisciplinadas! Fazem muito barulho! Não estão quietas muito tempo (se estão, estão deprimidas, estão a ser reprimidas). (O Leonardo aguentou 15 minutos escondido do papá! WOW a brincar baixinho numa tenda que lhe fiz, porque quis)

Os pais devem encorajar e estimular as crianças no seu desenvolvimento, mas não esperar delas uns adultos em miniatura! (Não têm o cérebro cheio de experiências como um adulto!) Hoje sabemos que o que se faz a uma criança tem consequências graves na idade adulta. Se não a escutamos, se não a compreendemos, se não lhe damos amor e afetos, se a reprimimos, se não a deixamos chorar e exprimir as suas emoções, se falamos com ela de forma irritada, tudo se refletirá na fase adulta. A pequena voz que existirá dentro dela em adulta é a dos pais.

Uma criança que desobedece está a ser criança e não é porque os pais falharam na educação. A dado momento, a criança descobre que é um ser à parte dos seus pais e quer ser levada a sério, quer afirmar-se, quer passar uma mensagem (como infantil que é). Os pais devem compreender essa mensagem e falar de forma bem clara e objetiva à criança. (como eu disse numa postagem anterior, quanto menos palavras se usarem melhor é). Há castigos que não influenciam, por exemplo: "vou tirar-te a boneca." "Não vais à praia daqui a dez dias" Atenção! Procurar o que faz sentido e não dizer/repreender porque sim.

A função dos pais é orientar a criança, e não sobreprotegê-la ou transmitir-lhe insegurança e medos.
Para mim a superproteção numa criança provoca stress, vejo pelo Leonardo que quer fazer tudo sozinho, quer ser ele a experimentar, quer ser ele a aprender, quer ser ele a testar as possibilidades, que ser ele a procurar os seus próprios limites senão chateia-se. E, assim, aprende a ter confiança nas suas próprias capacidades. E mais ainda, aprendem com o erro! Deixem as crianças ser crianças. Avaliem apenas os riscos ( grave ou não?)
Outra coisa, que me tira do sério mesmo: dar a ideia de medo quando ela nem a pensou ainda sequer!
Por exemplo: "Não tenhas medo de subir essa árvore" . Aqui o adulto é uma pessoa ansiosa e transmite a ansiedade para a criança, que não estava a sentir medo naquele momento e passou a sentir. Quem diz a ideia do medo, diz outra qualquer. "Não sais da mesa, agora" A criança nem tinha pensado sequer sair da mesa, vai fazê-lo. (se estiver com vontade de desafiar, claro!)

Se queremos o respeito dos nossos filhos, não é transmitindo-lhes medo! A forma como comunicamos é muito importante!
E não podia deixar de dizer: DAR AMOR! DAR AFETOS! Senão, não tenham filhos...
Repito: escutar a criança, compreendê-la!



A primeira obrigação de um bom PAI é respeitar a Mãe dos seus filhos.








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